Acautelados recebem o carinho da família durante festa

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Adolescentes acautelados recebem o carinho da família durante festa

No evento, promovido pelo Centro Socioeducativo Santa Clara, adolescentes receberam certificado de curso de profissionalização e serão inseridos no mercado de trabalho a partir de segunda-feira

 

Os braços entrelaçados com carinho estampam um amor de mãe e filho que ultrapassa qualquer barreira. Nesta semana, a cuidadora Adriana Soares trocou o horário no trabalho e atravessou a cidade para participar da Festa da Família do Centro Socioeducativo Santa Clara, no bairro Capitão Eduardo, região Nordeste de Belo Horizonte. Ao lado do filho, João*, de 17 anos, que cumpre medida socioeducativa na unidade há um mês, Adriana era só sorrisos: “Apesar do desvio no caminho, ele sabe que eu estou aqui para a gente superar isto junto”.

A presença de mães, pais, tios e irmãos no Centro Socioeducativo Santa Clara, na tarde dessa quinta-feira (10/5), deixou a celebração em homenagem ao Dia das Mães ainda mais especial. Durante todo o período, adolescentes acautelados na unidade participaram de apresentações de música e dança e também religiosas, além de presentearem as mães com lembranças produzidas em aulas e oficinas da escola. O apresentador da festa animou os participantes com sorteios e desafios trava-língua, em que os jovens participavam e ganhavam prêmios para dar às famílias.

“É muito importante a família estar junto no cumprimento da medida socioeducativa. A parceria com as famílias, além de dar mais tranquilidade para o trabalho das equipes técnicas, garante mais chance de sucesso nas intervenções que fazemos pela ressocialização dos adolescentes”, explica Julio Gomide, diretor geral do CSE Santa Clara.

Durante a Festa da Família, 16 adolescentes do CSE Santa Clara receberam certificados de conclusão do curso de profissionalização Jovens Profissionais do Futuro, oferecido pela ONG Rede Cidadã. O projeto visa promover o desenvolvimento humano e profissional, possibilitando a eles maior conhecimento de seus potenciais, habilidades e desejos, e direcionando para possibilidades de entrada no mercado de trabalho.

Para Adriana, muito além das atrações, a oportunidade de passar algumas horas junto ao filho fez todo o esforço para chegar à unidade valer a pena. “Não aprovo os erros dele, mas também não vou abandoná-lo nunca. Ele é um menino que preza pela família, e sabe que parceiro mesmo, depois de Deus, só a mãe e os irmãos”, diz.

Abraçado forte junto à mãe, João* reconhece a importância deste apoio para conseguir reconstruir sua vida quando terminar de cumprir a internação: “Independentemente de onde a gente está, o laço da família é o que fica”.

* Nome fictício