Igam apresentam relatório sobre o Projeto Águas do Norte

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Igam e CPRM apresentam relatório sobre o Projeto Águas do Norte de Minas

Dentre os produtos, foram discutidos a elaboração e produção de estudos referentes à implantação de um sistema adequado de gestão dos recursos hídricos no Norte do estado

 

Representantes e pesquisadores do Instituto Mineiro de Gestão de Águas (Igam), do Serviço Geológico do Brasil (CPRM) e da Fundação Educativa de Ouro Preto (Feop) iniciaram esta semana com uma apresentação dos produtos pactuados no Projeto Águas do Norte de Minas.

O estudo em desenvolvimento tem como finalidade conhecer profundamente o comportamento das águas subterrâneas e sua interação com as águas superficiais. O trabalho resultará em produtos como o Atlas Cartográfico do PANM, o Relatório de Estudos para as bacias representativas e as de integração regional, e especialmente a Base de Dados Georreferenciada composta por todos os levantamentos obtidos durante o projeto.

A apresentação dessa segunda-feira (19/11), no auditório do CPRM, na capital, mostrou o desenho do aquífero com um cadastro robusto de dados. Dentre os produtos, também foram discutidos a elaboração e produção de estudos referentes à implantação de um sistema adequado de gestão dos recursos hídricos no Norte de Minas. 

O superintendente regional do CPRM, Leandro Alves de Lima, fez a abertura da reunião. Já a diretora do Igam, Marília Carvalho de Melo, destacou a importância da parceria e ressaltou que “esse projeto só foi possível devido ao empenho de todos”. Segundo a diretora, esse é um trabalho inovador e diferenciado em termos de qualidade. “Tenho certeza que ele vai apresentar nova dinâmica para as águas subterrâneas do Norte de Minas”, afirmou.

O pesquisador em Geociência, Márcio de Oliveira Cândido, do CPRM, em sua apresentação, lembrou que, devido à diversidade climática da região, a estratégia foi trabalhar com as bacias representativas e a análise dos processos de outorga da região. O pesquisador fez algumas considerações sobre a Reserva Permanente, e disse que elas funcionam mais como meio de passar as águas e não de armazenar. Na oportunidade, apresentou também a análise de quatro cenários de recargas estabelecidas no trabalho.

Segundo Oliveira, as pesquisas apontam que o rio Paracatu apresenta a maior reserva de água subterrânea explotável, recursos naturais possíveis de explorar para fins econômicos. Na avaliação de usos, ele ressaltou que no município de Janaúba há mais processos de outorga do que de uso insignificante e, no rio Verde Grande, “ações devem ser tomadas para melhorar a eficácia dessa bacia”.

Na avaliação do pesquisador, o Projeto Águas do Norte de Minas é de grande importância, não só pelo resultado que ele traz, mas também pela forma institucional no qual ele foi elaborado. “São vários os objetivos do estudo, entre eles o fator social, por atender diversos usuários de água na região, de forma sustentável”, ressaltou.

Segundo a analista ambiental da Gerência de Monitoramento Hidrometeorológico e Eventos Críticos do Igam, Maricene Paixão, “esse projeto representa uma sistematização do conhecimento hidrológico da região, apresentando de forma simples as informações necessárias para o planejamento e gerenciamento dos recursos hídricos subterrâneos”.

O Atlas Cartográfico apresenta um breve resumo de levantamentos de informações. Consta de mapas de cobertura vegetal, padrão de relevo, uso e ocupação de solo, classificação hidrológica dos solos, tipos climáticos, domínios hidrogeológico e sistemas aquíferos. E trata, ainda, da caracterização hidro geoquímica da água subterrânea, além da recarga subterrânea, da potencialidade hídrica subterrânea, entre outros.

Será avaliada, também, a disponibilidade hídrica na região, que possui mais de 260.000 quilômetros quadrados, o que representa cerca de 40% do estado de Minas. Diferentes segmentos de usuários estão localizados no norte de Minas e cerca de 177 municípios fazem parte da região.

O estudo da disponibilidade hídrica subterrânea no norte do estado servirá também para a definição do valor de vazão a ser considerada para uso insignificante das captações de água subterrâneas realizadas por meio de poços tubulares, nas regiões abrangidas pelo programa.

A pesquisa contempla as Unidades de Planejamento e Gestão de Recursos Hídricos (UPGRH), da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco as Unidades dos rios Jequitaí e Pacuí, rio Paracatu, rio Urucuia, Médio São Francisco, rio Verde Grande (SF6, SF7, SF8, SF9, SF10); na Bacia Hidrográfica do Rio Jequitinhonha as unidades do Alto rio Jequitinhonha, Rio Araçuaí e Médio e Baixo rio Jequitinhonha (JQ1, JQ2, JQ3); Bacia Hidrográfica do rio Mucuri (MU1); Bacia Hidrográfica do rio Pardo (PA1) e Bacias do Leste.