Linguagem Simples na administração pública facilita acesso para os cidadãos e melhora prestação de serviços

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Tema, que integra a Política de Simplificação do Governo de Minas, foi abordado em evento on-line da Seplag MG com mais de 350 participantes

Uma linguagem simples – e acessível – para servidores e cidadãos. Esse foi o tema de um encontro on-line realizado pela Secretaria de Estado de Planejamento e Gestão (Seplag) nesta quarta-feira (9/6), que contou com mais de 350 pessoas assistindo simultaneamente. O evento foi promovido pela Diretoria Central de Simplificação e Modernização Institucional em parceria com o Laboratório de Inovação do Governo de Minas (LAB.mg) e recebeu representantes de outros laboratórios e especialistas no assunto. Para assistir, basta clicar aqui.

Conforme a diretora Central de Simplificação e Modernização Institucional, Amanda Dias, que mediou a conversa, as palestras apresentadas e os depoimentos feitos fazem parte da abertura do Módulo 5 do Programa de Desenvolvimento da Rede de Simplificação, iniciativa coordenada pela Seplag no âmbito da Política de Simplificação. 

As diretrizes da simplificação e as prerrogativas que são norteadoras das ações do Governo de Minas, foram abordadas, no evento, pela servidora da Seplag Clarissa Duarte. Entre elas, legislações importantes em nível nacional, como o Código de Defesa do Usuário do Serviço Público e a Lei que racionaliza atos e procedimentos administrativos, assim como a Política de Simplificação no âmbito estadual. 

"O objetivo deste módulo é apresentar o movimento e os principais conceitos de linguagem simples, oferecendo, também, treinamento para aplicações práticas", destacou Clarissa. De acordo com ela, serão trabalhadas as comunicações internas no âmbito do Estado, entre servidores, assim como as externas, para os cidadãos mineiros.

Experiência

Representante do Laboratório de Inovação e Dados do Governo do Ceará – Íris Lab Gov –, Isabel Ferreira Lima trouxe indicadores de analfabetismo funcional, de letramento e de dados do Censo, que nortearam a sua fala. No Ceará, 6 milhões de pessoas têm alguma dificuldade de leitura. Em nível nacional, 1 em cada 4 brasileiros são analfabetos funcionais e apenas 12% da população de 15 e 64 anos lê e compreende textos complexos, conforme apontou a especialista.

"Nós vemos que é possível passar essa técnica, engajar as pessoas nesse movimento, para que entendam como isso faz sentido e passem a enxergar a necessidade de uma linguagem mais clara e menos técnica conforme o público que deseja atingir", disse Isabel.

No mesmo sentido, a representante do Laboratório de Inovação em Governo da Prefeitura de São Paulo – (011).Lab –, Marianna Alves, apresentou o trabalho feito no município e ressaltou que a comunicação precisa ser transversal, para que servidores e servidoras se comuniquem com a população, e para que os cidadãos entendam o que os agentes públicos têm a dizer, acessando, dessa maneira, os serviços públicos.

Referência

Fundadora da assessoria de ensino de linguagem simples “Comunica Simples”, Heloisa Fischer falou sobre a dificuldade que existe, entre pessoas do mundo inteiro, em ler e entender o que está escrito. "Nenhum de nós veio preparado para dar conta de linguagem administrativa, jurídica, legislativa", afirmou, assinalando que, dessa forma, é preciso atenção ao vocabulário utilizado tanto entre servidores quanto para a população como um todo.

Heloisa elogiou a iniciativa do Governo de Minas em abordar o tema. "Estejam abertos para receber as críticas porque elas virão e serão muito importantes. Afinal, é uma transformação cultural e elas serão necessárias para que essa pauta possa avançar com integração. Tem lugar para uma escrita empática, possível de entender e que poupa tempo para todo mundo", assegurou a especialista.